O ano era 2010, o supervisor de futebol Carlito Arini planejava uma temporada após o rebaixamento do Santo André após uma campanha cheia de erros no Brasileirão. A renovação do elenco era necessária até pela aposentadoria de Fernando e Marcelinho.

Daí veio a necessidade de trazer um volante de confiança. Alguém que chegasse jogando e que não tivesse que se submeter a adaptações em um campeonato de tiro curto.

Arini então foi buscar um velho conhecido do Guaratinguetá, que estava então no Vitória. Assim José Gildexon Clemente de Paiva, ou simplesmente Gil chegava ao Ramalhão.

A campanha do time foi destacadamente especial, veio o vice-campeonato paulista em dois jogos inesquecíveis contra o Santos de Ganso, Robinho e Neymar. 

Nessa campanha, Gil somente não atuou nas derrotas frente a Corinthians e São Paulo. Se não foi o melhor jogador da campanha, foi extremamente importante com atuações seguras e regulares ao lado de Alê. Completou seu ciclo no Santo André após 37 partidas, em 2010.

Após isso jogou na Ponte Preta, Coritiba até chegar a Chapecoense. Sempre discreto e eficiente, ajudou a Chape a brilhar. Hoje o volante deixou esse mundo, para brilhar na eternidade. Gil foi um dos passageiros do voo que vitimou o time da Chapecoense, que decidiria o título sul-americano nesta quarta-feira contra o Nacional de Medellin.

Fica a gratidão a quem honrou o manto ramalhino. Descanse em paz, Gil!